domingo, 8 de fevereiro de 2009

DESABAFO DO INEXPLICÁVEL

Não aceito o preconceito!

A cegueira está nos olhos que não querem enxergar

A mudez está na boca que se omite

A deficiência capenga na arrogância

O cego vê. O surdo ouve. O deficiente físico supera.

No laudo radiográfico e no radiológico

Mas não tão radio-lógico assim, dos insensíveis,

constatamos a doença da infelicidade

Ossos camuflados na carne, cercados de câmeras de segurança

Tíbias incapazes de transpor seus quintais

Olhos míopes pois não vêem além

Brilhantes nos dentes de uma boca fashion

sem surpresas na mesmice ridícula

O que dizer?

Mão, mãos que nada levarão....

Buscar a simplicidade, a serenidade, a paz e o amor

Com muita paciência dentro de si

Fazer uma faxina, jogar fora o que não serve

Não é tarefa fácil. Estamos expostos às poeiras diárias.

Ser seletivo! Temos exemplos e a Palavra.

Mas os "deficientes", os sem-amor, sem-afeto, sem-carinho

Esses não veem a beleza de uma flor no jardim

Não sentem seu perfume

Não calam diante dessa vida em pétalas

Seus corações nem mesmo se sensibilizam

diante de uma flor murcha dentro de um copo de água suja.

Ah! Vida.

Preservar as nossas. Preservar os queridos, sempre que deixarem!

Cuidar! Vigiar!

Tietês fazem seus cursos na vizinhança.

Aedis Aegypti sobrevoam sobre nós

Estar sempre alerta! Não se deixar contaminar!

E reconhecer! Reconhecer as próprias doenças, para erradicá-las.

É isso! Não relaxar!


Lígia Costa

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