quarta-feira, 22 de maio de 2013

VIOLAÇÃO!



Olhando para o  céu tão claro
Maquiado de linhas alvas
Meu coração se faz inverno
Porque fazem assim?



Que ironia! O que me despedaça não são trevas.
Sobrevivente nesta morte lenta e invisível
Sou vencida
Acabou meu paraíso
Tão perfeito azul.

Olhos e muitos olhos metálicos nos céus me vigiam os passos
Minha vida sob controle.
Sou detenta, prisioneira
E estou detestando este momento
Tão frágil, tão manipulável, tão impotente
O que mais importa?
Onde está o sentido? É o fim!

ACHO QUE QUERO OUVIR UMA MÚSICA DE AMOR!

                                                                                                             Foto de Dario Lira

quinta-feira, 16 de maio de 2013

CARTAS


Pensei em escrever para você
Uma carta de saudades
Que só terminariam quando te encontrasse
Um mar afogou minhas palavras
Que se dissolveram e morreram no papel

Pensei em escrever para você
Uma carta de amor
Um amor que aumentaria quanto te visse
Uma onda de ansiedade riscou minhas palavras
Que se perderam no grafite e no papel

Pensei em escrever para você
Uma carta de encontro
Um encontro que nos uniria ao nos tocarmos
Uma onda de medo me calou
E o papel ficou em branco.

Mar e ondas de lágrimas
Estou em cheia
Minha maré de lembranças
Papel, músicas e poesias...

sábado, 4 de maio de 2013

Estou pisando de mansinho
Andando devagarzinho
Não quero despertar nenhum monstrinho
Ando pensando na vida.

Vou te contar um segredo...
As vidas secretas que temos
Essas ocultas no eu
Dialogam em seus estranhos encontros
E se expõem aos que sabem ler,
mesmo sem querer
Por isso estou andando de mansinho
Pensando na vida
Não quero despertar esses monstrinhos.

Vou te contar um segredo...
É um desafio constante
Buscar nas janelas o querido
Que sendo buscado não sente
Nem alcança o beijo soprado
Então preocupada com a vida
Ando bem levinho
Para não despertar os monstrinhos

Vou te contar um segredo...
Mesmo na leveza dos passos
Ousada me arrisco e me lanço
Sem rimas, sem cordas, sem rumo
Solta, utópica, entregue
Andando devagarzinho
Andando de mansinho
Andando levinho
Para não despertar os monstrinhos
Que me impediriam de contar o secreto
Que me impediriam de dizer bem baixinho
Amo o amor que sinto!