terça-feira, 26 de novembro de 2013

SANGRANDO

Não gostaria de ser a causadora de tantas dores
Essas que afetam tão profundamente a alma que
Lágrimas escorrem sobre as faces mesmo sem serem solicitadas
Tão displicentes
Tão atrevidas
Porque o coração aperta de tal forma
Os pensamentos giram e percorrem caminhos
Caminhos desconhecidos e imaginados
O sangue circula tão vermelho e tão negro
Arde nas veias e queima por dentro
O coração explode, não aguenta
E a mente diz que não
O braço deve estar erguido
As luvas bem ajustadas
Cuide para não ser atingido
Mesmo assim a proteção falha
E um soco atinge o alvo em cheio, jogando lágrimas, suor e sangue
Para todos os lados
Um turbilhão, um furacão, um tsuname
E a voz ...... mantem o veludo conselheiro
A vida é um palco de coadjuvantes
É quando o sonho acaba.

Queria não sofrer tal dor.



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CONHECENDO

Dando é que se recebe
A máxima da vida
Realmente funcional
Involuntário muitas vezes no dar e receber
Ou quem sabe é calculado assim.
  
Lentamente vem a  percepção
Inconsciente...na forma e no ser
Rituais de falares, de posturas, de gestos
Algumas incoerências comportamentais

Disfarces talvez, mas vem a tentativa de acreditar
Alcançar o objetivo secreto:
Reter no coração os melhores momentos
Incontroláveis lembranças que chegam a todos os momentos
Ouvir os  instintos não faz parte do plano. Tudo é fugaz

Ler nas entrelinhas
Inaceitáveis verdades que o coração faz saber, quando
Recolhidas das retinas espremidas
A fitar com ironia  ou com uma pitada de malícia.

De uma semente tão pequena
A palavrinha mágica: oi
Rendendo uma árvore tão frondosa
Imensurável em sua frutificação
Ornando um coração


Lentas vão descendo pelas faces
Involuntárias lágrimas que de tão salgadas, deixam
Rastros esbranquiçados e,
Alcançam o resto do corpo com seus grossos pingos

De certa forma a lembrança remete
Às folhas que vão caindo
Regando o chão de folhas descoloridas
Inventando um novo tapete
O tapete do que já não é mais

Luta constante, com todas as forças
Invencibilidade  querida. Fortaleza querida.
Rasgada por dentro, sem esperança no tempo
Ainda respirando, ainda vivendo

Dura é a ira que sentida
Ao se ver  ignorada ou dividida
Rei que se sente
Invencível que se acha
Outra batalha que ganha

Lamentável que seja assim
Infelizmente que seja assim
Realizável assim
Assim seja

Daria todo o tempo disponível
Atualizaria todo o tempo disponível
Recordaria todo o tempo reconhecido
Irremediavelmente perde
Olhando o tempo, as folhas que secaram

Lindas folhas verdes que se foram
Instantes levados suavemente pelos ventos
Reconstruindo a fertilidade da terra que,
Algum dia retomará o que pertence.

 
lanif o arap iexieD
esarf amitlú A
asoicerp, aciR
levátsetnocnI
odidnetne iof áj euq  ies euq  O

oãçneta  moc aieL
ivercse  euq ossI
resiuq es aiR
:uidep euq o átse iuqA

DARIO LIRA